segunda-feira, 12 de maio de 2008

Eunice Munõz


Eunice Muñoz
Eunice do Carmo Muñoz nasceu em Moura Amareleja a 30 de Julho de 1928.
Estreou-se em 1941, na peça “ Vendaval” de Virgínia Vitorino. Realizou notáveis tais como, “Joana d’Arc, Mãe Coragem e Seus Filhos, A Banqueira do Povo”, entre outros.
O seu talento foi de imediato reconhecido pela Amélia Rey Colaço, que lhe permitiu uma rápida integração na Companhia Rey Colaço / Robles Monteiro.
Já aluna do Conservatório Nacional de Teatro celebriza-se em “A Casta Susana”. Termina o Conservatório, com 8 valores. Fica popular no palco do Teatro Variedades, com Vasco Santana e Mirita Casimiro na peça “Chuva de Filhos”.
Em 1946 estreia-se no cinema, no filme “Camões” de Leitão de Barros.
Com este filme Eunice ganha o prémio Secretariado Nacional de Informação para melhor actriz cinematográfica do ano.
Um ano depois Eunice Muñoz participa na Companhia de Comediantes Rafael de Oliveira, dirigida por Ribeirinho.
Em 1950 regressa aos palcos, com a comédia “Ninotchka”, onde contracena com Igrejas Caeiro, Maria de Matos e Vasco Santana.
Durante 4 anos retira-se da actividade teatral, para espanto da comunicação social. Volta a reaparecer em “Joana d’Arc” no palco do Teatro Avenida, onde perfilaram multidões pela Avenida da Liberdade, desejosas de obter bilhete para ver aquela, que a crítica aclama como genial.
Nos anos 60, passa para a comédia na Companhia de Teatro Alegre, onde contracena com grandes senhores do teatro português, como António Silva ou Henrique Santana.
Começa aparecer então com regularidade na televisão, em peças já repetidas por desejo expresso do público, como por exemplo “Cenas da Vida de Uma Actriz”, doze episódios de Costa Ferreira, ao lado de sua mãe, Mimi Muñoz.
Em 1965 Raúl Solnado funda a Companhia Portuguesa de Comediantes, e Eunice recebe o maior salário até aqui nunca pago a uma actriz dramática, 30 contos mensais.
Em 1970 faz uma longa tournée por Angola e Moçambique.
Dedica-se à divulgação de poetas que ama, dando a voz a Florbela Espanca ou António Nobre. Regressa aos palcos portugueses passados 8 anos (1978), integra na Companhia do reaberto Teatro Nacional D. Maria II, onde vivera grandes êxitos.
Volta à televisão na telenovela “A Banqueira do Povo” em 1993.
Celebra os seus 50 anos de carreira de Teatro em 1991 com uma exposição no Museu Nacional do Teatro, onde foi condecorada, em cena aberta, no palco do famoso Teatro Nacional, pelo Presidente da República, Mário Soares. Em 2006 representou pelo 1º vez na casa a que deu nome, o Auditório Municipal Eunice Muñoz em Oeiras. Em 2007 co-protagoniza com Diogo Infante “Dúvida” no Teatro Maria Matos, e em algumas salas de espectáculo do país.

Maria do Céu Guerra


Maria do Céu Guerra
Maria do Céu Guerra nasceu em Lisboa a 26 de Maio de 1943 é uma encenadora portuguesa.
O seu interesse por teatro começa enquanto estudante universitária quando frequenta o Curso de Filologia Romântica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Ao integrar o grupo de fundação do Teatro Casa da Comédia, participa em “ Deseja-se Mulher” de Almada Negreiros.
Posteriormente é co-fundadora do Teatro Experimental de Cascais onde se torna profissional e, trabalha em 1970 “Um Chapéu de Palha de Itália” e em 1968 “O Comissário de Polícia”, “ Bodas de Sangue”, entre outras.
Ingressa por curto período de tempo no Teatro de Revista e Comédia, trabalhando com Laura Alves.
Regressa à Casa da Comédia, onde trabalha com Morais e Castro, participa no grupo fundador do Teatro Adoque. Funda a Companhia de Teatro “A Branca ”, onde se centra ainda hoje a sua actividade em teatro, maioritariamente com Hélder Costa (como autor e encenador).
Como encenadora, encenou “O Menino de Sua Mãe” a partir de Fernando Pessoa; “Agosto- História da Emigração”; “A Relíquia ” a partir de Eça de Queiroz e “Os Prantos de Maria Prada”, a partir de Gil Vicente.
Dirigiu e recitou poesia, em variados espectáculos, destacando “A Palavra do Dia ” (expo. 98) e “Pessoalmente Quatro Poeta ” com o qual já realizou mais de 60 sessões por todo o pais com a “Barraca ”. Percorreu inúmeros Festivais Internacionais de Teatro, destacando as digressões em África e na América do Sul.

Rosa Lobato de Faria


Rosa Lobato de Faria
Rosa Lobato de Faria nasceu a 20 de Abril de 1932, em Lisboa, Actriz, foi escritora e autora de canções.
Antes de se dedicar à representação no teatro e em vários programas de televisão, esta célebre senhora foi empregada numa loja de electrodomésticos.
A sua estreia cinematográfica ocorreu em 1973 em “Perdidos por cem…”, seguindo-se na Sétima Arte interpretações em “Paisagem sem Barcos” (1983), entre outras. Mais tarde Rosa Lobato de Faria faz sucesso como actriz de teatro, cinema e televisão e ainda como autora de canções. Quatro das suas letras venceram o Festival da Canção foram à Eurovisão e ainda duas canções marcaram presença no Festival da OTI. Ganhou ainda por duas vezes o prémio da Grande Marcha Popular de Lisboa, nas únicas vezes em que concorreu.
Escreveu com Ana Zanatti o argumento da telenovela “Passerelle” para a RTP. E desta vez sozinha escreve o argumento para “Telhados de Vidro” da TVI.
Rosa Lobato de Faria, escreveu também o guião de quatro séries de televisão, três das quais pertencentes à RTP e uma à TVI “Trapos e Companhia”. Colabora ainda em vários programas do humorista Herman José.
Em 1995 estreia-se na escrita de romances com “O Pranto de Lúcifer”, seguindo-se outras obras sucessivamente. No ano 2000 ganhou o Prémio Máxima da Literatura.
Tem obras traduzidas em Alemão e Francês. Para além do romance, a autora também publicou poesia, como a ontologia “Poemas Escolhidos e Dispersos” (1997) e “A Gaveta de Baixo” 1999, um poema longo acompanhado por aguarelas de Oliveira Tavares.
Em 2000 e paralelamente a todas estas actividades, dava aulas de dicção na Universidade Moderna.
No final de 2002, estreou no teatro a peça “ Sete Anos”, a primeira escrita por Rosa Lobato de Faria.
Aos 70 anos ensinava Poesia Portuguesa num curso de formação de actores.
Actualmente participa como actriz na série da SIC, “Aqui não há quem viva.”

São José Lapa


São José Lapa
Maria de São José Mamede de Pádua Lapa nasceu em Lisboa a 19 de Março de 1951 é uma famosa actriz e encenadora portuguesa.
Na Casa da Comédia, estreia-se em 1972, com a peça “ Deseja-se Mulher”, de Almada Negreiros, mas esta peça é encenada pela sua irmã, a actriz e encenadora Fernanda Lapa. Conclui na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa o Curso de Formação de Actores e Encenadores. No ano em que termina o curso de formação, funda a Companhia de Teatro “ A Centelha” e é contratada pelo Estado Português para desenvolver no distrito de Viseu um projecto de animação, promoção e descentralização teatral. Lecciona Movimento e Drama na Escola do Magistério Primário de Viseu.
Regressa a Lisboa e é dirigida por Filipe Lá Féria na peça “A Paixão”, de Pier Paolo Pasolini ao lado de Rogério Samora. Recebe da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro o prémio para melhor actriz do ano, pelo desempenho dado na peça “Casamento Branco”, encenada por Fernanda Lapa. Ingressa, posteriormente na Companhia do Teatro Nacional, onde é dirigida por Arthur Ramos. A partir daí, salienta a sua interpretação nas peças “Mãe Coragem”; “Guerras do Alecrim” e “Manjerona”, entre outras…
Integra mais tarde o elenco de “Casino Royal” e com Filipe Lá Féria a “ Grande Noite” em 1990.
Na encenação salienta-se os seus últimos projectos: “12 Mulheres e 1 Cadela” para o Teatro da Trindade em 2005; “E o Sonho de Uma Noite de Verão” para o Espaço das Aguncheiras em 2006.

Amália Rodrigues


Amália Rodrigues


Amália da Piedade Rodrigues nasceu em 1920 em Lisboa. Os pais eram naturais da Beira Baixa, mas radicados em Lisboa durante alguns anos. É numa festa da escola primária que canta pela primeira vez em público.
Quando sai da escola vai logo trabalhar, primeiro como bordadeira, depois como operária têxtil e mais tarde com a irmã numa loja de souvenirs.
As marchas populares ficarão para sempre no reportório de Amália. Numa festa de beneficência, Amália canta pela primeira vez em público acompanhada à guitarra pelo tio, João Rebordão.
Decorriam os finais dos anos 30 e Amália concorre ao Concurso da Rainha do Fado dos Bairros, no qual não chega a participar, pois as outras concorrentes ameaçam desistir se ela concorrer, e Amália acaba por desistir da participação. Estreia-se no Retiro da Severa em 1939, como fadista profissional. O êxito no Retiro como artista exclusiva é um sucesso, e espalha-se por toda a Lisboa pela boca do público. Imediatamente passa a cabeça de cartaz. No início da década seguinte, 1940 começa a cantar como artista exclusiva e com reportório próprio em várias casas. Ainda nesta altura estreia-se no cinema e na revista. A partir de 1950 começa a actuar em alguns países, nomeadamente na América, México, Paris Inglaterra e Brasil. A par das suas actuações musicais, a representação em alguns filmes também fez parte da sua carreira artística.Em 1961 é editado o LP Asas Fechadas que contribuiu para a grande viragem na sua vida artística.
No ano de 1963 faz uma grande temporada no La Tête de L’Art de Paris, Savoy de Londres, França e Líbano. Nas décadas seguintes a carreira desta fadista pauta-se pelas viagens que faz quer em trabalho, quer na divulgação da cultura portuguesa, nomeadamente no campo musical, a cantar o Fado.
Ganhou ainda muitos prémios dos quais destacámos, Condecoração da Ordem das Artes e Letras pelo estado francês; Ordem Militar de Santiago da Espada; Ordem dos Cedros do Líbano; Medalha de Ouro da cidade de Lisboa, entre outros.
Amália Rodrigues faleceu no dia 6 de Outubro, de 1999 com 79 anos.

Alexandra Moura


Alexandra Moura



Nasce em Lisboa em 1973, forma-se no IADE em Design de Moda, especializando-se depois em projectos de Design de Moda.
Entre outros eventos, participa na Mostra Nacional de Jovens Criadores, onde é seleccionada para representar Portugal na 1ª Bienal de Jovens Criadores dos Países Lusófonos, realizada em Cabo Verde. Colabora entre 1997 e 2001 nos gabinetes de Design de Ana Salazar e José António Tenente.
Em 2002 é convidada para apresentar a sua primeira colecção a solo no Evento Novos Talentos/Óptimos, iniciativa que repete no ano seguinte com apresentação da sua colecção Inverno/ 2001.
Em Abril de 2002 apresenta a colecção Inverno no espaço LAB-18ª edição da Moda Lisboa – Lisboa Fashion Week.
Concebe as fardas para as lojas Atlantis Crystal e em Setembro participa no Showcase/Portugal em Barcelona, onde apresenta a sua colecção para o Verão 2003 integrada no Circuit.

Paula Rego



Paula Rego
Pintora portuguesa radicada em Inglaterra, Paula Figeueroa Rego nasceu a 26 de Janeiro de 1935, em Lisboa. Formou-se na Slade School of Art entre 1952-1956 e no início dos anos 60 foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. A sua primeira aparição perante o público lisboeta deu-se em 1961, na II Exposição da Gulbenkian. Em 1965 produziu vários trabalhos relacionados com acontecimentos chocantes da vida política ibérica: - “cães de Barcelona”, “Gorgon, retrato de Grimau”, “Manifesto por uma causa perdida”, temática já anunciada em 1961 com “Salazar a vomitar a Pátria”.
Paula Rego nunca se desligou da vida artística portuguesa, expondo regularmente entre nós, mas também noutros países, como aconteceu, por cidades de Amesterdão, Paris, Lima, Bruxelas, Reino Unido e a Bienal de S. Paulo.
Em Maio de 1997, no Centro Cultural de Belém, foi inaugurada uma importante exposição retrospectiva da sua obra, com 136 trabalhos, cobrindo trinta e seis anos de carreira.
Em 2001, foi publicado, numa edição limitada, numerada e assinada, o livro As Meninas, uma obra conjunta da artista e de Agustina Bessa Luís.
Em Outubro de 2004, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, acolheu uma selecção da obra de Paula Rego, produzida desde 1997 com 150 obras, apresentou pela primeira vez os desenhos preparatórios de algumas das suas pinturas.
Ao longo da sua carreira tem sido distinguida com vário prémios, tais como Soqui (1971); TWSA Touring Exhibition, Newlyn arts Centre, Penzance (1984); Prémio Benetton/Amadeo de Souza-Cardoso, Casa Serralves, Porto (1987); Prémio Turner 89, Londres (1989); Prémio AICA’97, Lisboa (1998); Prémio de Consagração Celpa/Vieira da Silva (2001).