segunda-feira, 12 de maio de 2008

Luísa Dacosta


Luísa Dacosta

Formou-se na Faculdade de Letras de Lisboa, em Histórico-Filosóficas, curso que começou a frequentar em 1944. No entanto, já na altura se interessava por literatura. Mas as suas «Universidades» foram as mulheres de A Ver-o-Mar, que murcham aos trinta anos, vivem e morrem na resignação de terem filhos e de os perder, na rotina de um trabalho escravo. Foi professora do antigo ciclo preparatório.
Participou, a partir de 1972, na experiência de Veiga Simão para o lançamento dos 7º e 8º anos de escolaridade. Não se limitou a influenciar os alunos. Os alunos também a influenciaram, como a prova o facto de ter incorporado nas suas obras neologismos da autoria deles, tal como «renovescer» no lugar «renovar».
Em 1975, cumpriu um mandato no Conselho de Imprensa, em representação da opinião pública, vindo a cumprir um segundo mandato em 1981. Ainda em 1975, esteve em Timor por requisição do governo daquela (então) província ultramarina, para prestar serviço na comissão eventual encarregada de fazer a remodelação dos programas de ensino.
Recebeu em 1992 o Prémio Máxima de Literatura, pelo seu livro Na Água do Tempo – Diário. Em 2002, recebeu o prémio Uma vida, uma obra, instituído pela Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, com o apoio da Delegação Regional de Cultura do Norte.

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